Pensamentos perambulantes...




Mais um fim de tarde, a penumbra já começa a tomar conta, o astro rei que ainda pouco clareava tudo começa a dar lugar para uma bela e cheia lua, encantadora e brilhante na sua magnitude, as luzes dos postes começam a acender, um amarelo melancólico e nostálgico, os carros passam já com seus faróis acesos, pessoas voltando de seus trabalhos ou indo para eles, pessoas apressadas, com problemas, nervosas, calmas, alegres, tristes, felizes, pessoas de todos os jeitos... ao fundo pode se ouvir ambulâncias e viaturas que correm  com as  sirenes gritando, talvez reproduzindo o grito de socorro de alguém, o grito de dor, grito de uma alma que deixou o corpo físico para iniciar um novo ciclo de luz, já é noite, anoiteceu e mais um dia se passou.


Um homem sentado na sacada de seu apartamento, pode observar tudo isso, ele tem um copo com uísque sem gelo em suas mãos e na outra um cigarro, o cheiro o enebria e lhe evoca lembranças de um passado não tão distante, e quando menos se dá conta está pensando sobre os rumos que a vida toma, em arrependimentos, coisas que devia ter feito e não as fez, atitudes que não eram para ter sido tomadas e foram, acerto, erros, felicidade, e se dá conta de que se pudesse mudar alguma situação não a faria, está tudo exatamente como ele sonhou, apaga o cigarro, tomo o restante do uísque que ainda sobra no copo e se deita ao lado de sua amada e espera o outro dia chegar, para dar inicio ao ciclo de novo..já é tarde, boa noite!

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Anderson T Mendes - Baln. Camboriu, 17 agosto 2014

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